Nem sempre há uma razão para sentir o que sentimos.
É exactamente essa a piada da vida.
Não controlarmos tudo, não controlarmos nada.
Percebermos que não somos nada nem ninguém, e que nunca fomos verdadeiramente "donos" de seja o que for ou de seja quem for.
Tem piada como a vida nunca muda, mas nós mudamos ao longo dela.
Não existem fases, tudo é uma enorme fase chamada vida.
E, ao longo dela, vamos conhecendo pessoas com as quais queremos partilhar momentos. Momentos que se podem tornar inesquecíveis, momentos que não deveriam acabar.
A felicidade é isso mesmo.
Felicidade é aprender a pensar mas mesmo assim conseguir atingir momentos em que nos esquecemos de o fazer, e apenas sentimos.
Felicidade é sentir sem o sentir.
E como é belo não sentir nada...
A fasquia eleva-se — quanto mais sabemos, mais precisamos para sermos felizes — porque mais consciência temos.
A inconsciência não nos dá ilusão de felicidade, mas sim felicidade real. Por isso somos tão felizes quanto somos novos. Não temos consciência.
Com a construção da consciência desenvolvemos mecanismos diferentes de felicidade (numa perspectiva optimista).
Mas no meio disso, a maioria das pessoas comete um terrível engano.
Confundem prazer com felicidade.
Prazer não é felicidade, porque felicidade não é momentânea.
Se o prazer é um segundo, a felicidade é uma fase.
Não há um motivo que nos faz felizes, é a vida que o faz por nós.
Dai termos dias em que estamos felizes, sem fazermos ideia porquê.
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